Pintor de óleo, têmpera e fresco, ativo na transição do século XVII para o XVIII, Francisco foi um artista secundário com escassa importância local, muitas vezes confundido com Francisco Lopes, o Coxo, e com outro Francisco Lopes que viveu em Évora e que era contemporâneo do pintor. A descoberta do seu testamento veio esclarecer que Francisco Lopes Mendes era casado com Jerónima Ribeiro e pai do padre Matias Lopes; eram moradores na Rua dos Infantes em Évora.
Sobre a sua atividade artística, segundo Gabriel Pereira, em contrato firmado em 20 de Junho de 1691, os pintores Diogo Rodrigues Pinto e Francisco Lopes Mendes, deviam ter pintado as varandas do Palácio dos Condes de Basto pelo preço de 85.000 réis, infelizmente esta decoração fresquista não chegou até nós. No ano de 1661 o Cabido estabeleceu contrato com Francisco Lopes Mendes para pintar e dourar um quadro na sacristia da catedral de Évora.
Palácio dos Condes de Basto; Rua dos Infantes.
Serrão, Vítor (1998). Francisco Nunes Varela e as oficinas de pintura em Évora no século XVII. A Cidade de Évora. Évora: Câmara Municipal de Évora, (2ª Série), 1998, nº 3, p.152.
ADE, COLTEST, Cx. 20, n.º 103. Documento descoberto no âmbito do projeto PRIM’Art.
Arquivo da Sé de Évora, Livro de Receitas e Despesas da Fábrica da Sé de Évora de 1680-1681, fl. 38.