Era filho do profícuo pintor José de Escovar. Colaborava com seu pai na oficina da Rua do Raimundo onde também vivia com sua mulher Isabel Vieira e com os seus filhos, Helena, Joana, José, Manuel e Serafina. As relações do pintor com seu pai não eram as mais pacíficas chegando os dois a envolver-se judicialmente numa “demanda”.
Luís de Escovar encontrava-se muito doente no ano de 1619, pelo que mandou fazer o seu testamento. O pintor acabaria por falecer a 27 de dezembro desse mesmo ano, tendo sido enterrado pelos irmãos da Misericórdia com esmola de 500 réis.
O artista quis ser enterrado no corpo da igreja do convento de S. Francisco, vestindo o hábito de S. Francisco. Deixou Isabel Vieira como curadora dos seus filhos que à data deviam ser menores. Uma das suas crianças veio a falecer pouco depois da sua morte, em 23 de janeiro 1622, e foi enterrada no cemitério privativo da Santa Casa da Misericórdia, confessado e ungido sem encargo do esquife e dispensado da esmola habitual
A assinatura do pintor Bartolomeu Sanches, pintor de origem castelhana, morador na Rua da Selaria, consta como testemunha no testamento de Luís de Escovar.
Filho de José de Escovar; Enterro; Convento de S. Francisco; Misericórdia.
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ADE, Cartório Notarial,Lº249, fls. 108 v. a 110 (Data: 2-I-1605)