Não se conhecem muitos detalhes sobre a vida do pintor Custódio da Costa. Apenas alguns escassos registos documentais que nos possibilitam saber que Custódio da Costa era casado com Domingas Pereira e que na Igreja de S. Mamede batizaram uma menina com o nome de Escolástica.
No ano de 1604, o pintor foi testemunha num documento onde o Licenciado Vicente Goncalves e João Pires, lavrador, de Monsaraz anulavam o contrato de casamento entre o lavrador e Inês Pires prima do pintor, ainda nesse ano assina como testemunha num contrato de venda feita pelo boticário Gião Álvares morador na Porta Nova, e seu criado Gonçalo Fernandes, ao sangrador Lourenço Ramalho, de umas casas na Travessa da Mesquita.
Sabe-se que mantinha a sua oficina na Rua da Mouraria e que teria efetuado obras com algum relevo artístico, em 1602 foi contratado pelo desembargador do Duque D. Teodósio II, para pintar o teto da sua câmara no Paço de Vila Viçosa. Obra que orçou o elevado montante de 600.000 reis. Foi incumbida a vistoria da obra durante e após a sua execução ao escudeiro da Casa Ducal e pintor André Peres.
Artisticamente é considerado por Vítor Serrão «Competente mestre das modalidades de fresco, tempera, dourado e estofado».
D. Teodósio; Dourado; Estofado II; Paço Ducal.
SERRÃO, Victor. (1998) Francisco Nunes Varela e as Oficinas de pintura em Évora no século XVII, A Cidade de Évora: Boletim de Cultura da Câmara Municipal (2ª Série), nº 3, pp. 125-126
BPE, M-597-34 (fragm.de Livro de obras da Sé).fl9vº; fl.12;fl.16vº- Documento descoberto pelo Professor Vitor Serrão.
ADE, Cartório Notarial, notas de Luís da Cerveira de Vila Viçosa, Lv.º 9 fls. 328 a 330 vº Documento descoberto pelo Professor Vitor Serrão.
ADE, Cartório Notarial, Lv.º 9 fls. 169 e vº Documento descoberto pelo Sr. Professor Doutor Vítor Serrão.
ADE, Cartório Paroquial de Évora, Livro 4 de batismos de S. Mamede, 1607-1648 fl. 15.
BPE, M-597-34 (fragm.de Livro de obras da Sé).fl9vº; fl.12;fl.16vº- Documento descoberto pelo Professor Vitor serrão.